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Seletividade Alimentar na Síndrome de Williams

Atualizado: 25 de set. de 2021


A seletividade alimentar ocorre em 80% das crianças com algum atraso no desenvolvimento. Na Síndrome de Williams, não é diferente há diversos fatores que predispõe a essas dificuldades alimentares.

O próprio atraso do neurodesenvolvimento é um dificultador, assim como problemas cardíacos, e problemas gastrointestinais, tão comum nessas crianças.

O refluxo, e vômitos podem causar dor ao alimentar e associar uma memória ruim a alimentação.

A hipotrofia facial, e a falta de habilidade motor oral, é outro fator que dificulta a sucção nos primeiros meses de vida, e aceitação e a progressão de consistência da alimentação após a introdução alimentar.

Muitas dessas crianças apresentam ainda uma falha no processamento sensorial oral tátil, o que faz com que rejeitem algumas consistências específicas na alimentação.

Até a sensibilidade auditiva pode interferir nesse processo de alimentação, pois o ruído da mastigação pode incomodar a ponto de determinar o tipo de alimento a criança escolhe.

Apesar de menos frequente, ainda há situações onde as dificuldades alimentares podem estar relacionados a comportamentos familiares, como obrigar a criança a comer, a pressão sobre a aceitação alimentar ou a permissividade para escolher alimentos menos saudáveis, mas preferidos pela criança.

Como podemos ajudar?

O acompanhamento multiprofissional é fundamental para o entendimento e a intervenção na seletividade alimentar.

Mudanças comportamentais familiares, para fazer do momento da refeição num momento agradável, transformando a família, em professores da alimentação saudável, dando reforços positivos e exemplo. Devemos entender que nesse processo, a criança também sofre!

Exercícios de motricidade oral podem aumentar a força da musculatura facial e a coordenação motora, facilitando o processo de mastigação e deglutição.

A interação com os alimentos fora da mesa, com contexto de brincadeira e interações sensoriais podem aumentar a tolerância aos alimentos rejeitados.

A educação nutricional com a criança é um fator determinante para dar autonomia das escolhas saudáveis e ajuda nesse processo gradual.

O processo de progressão da alimentação é lento e deve ser feito de forma gradativa para a criança não aumentar ainda mais a seletividade e perder os progressos já conquistados.

Durante esse processo, é necessário avaliar a ingestão alimentar e fornecer os nutrientes adequados para garantir a saúde e o desenvolvimento e ganho de peso adequado.

E necessária muita paciência e persistência, pois o tratamento da seletividade alimentar não é uma corrida, e sim uma jornada!

Procure profissionais para auxiliar nesse processo.

Ilana Fux

Nutricionista Materno Infantil

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